terça-feira, janeiro 11, 2011

Brasil - Parte III

  • Passeio pelo Litoral Norte com a Selma (a nossa bugueira credenciada) a perguntar "É com emoção ou sem emoção?";
  • Os casais de namorados/amantes que, ao contrário da maioria dos Portugueses, se sentam lado-a-lado nas mesas dos restaurantes. Procurei uma teoria que pudesse justificar isto e a única conclusão a que cheguei é que, sem dúvida, é mais interessante vermos o mesmo mundo a dois do que nos limitarmos a ver o mundo onde o/a outro/a está;
  • Se dizem que em Portugal as doses são bem servidas, digo-vos já que no Brasil esta matéria não fica nada atrás... não me vou esquecer tão cedo das "camarãozadas";
  • O casal de Brasileiros que conhecemos foi roubado no hotel onde estivemos. Numa tentativa de apanharem a camareira que tinha enfiado a mão no que não lhe pertencia, deixaram uma câmara a gravar o quarto de hotel durante o dia. Quando voltaram para o quarto, começaram a despir-se para irem para o chuveiro, esquecendo-se da câmara ligada... moral da história: ficaram com um vídeo em que se via a ladra a vasculhar as suas carteiras, mas onde também estavam os dois "pelados". E sem programa de edição de vídeo, não puderam mostrar o mesmo à gerência do hotel...;
  • A aerobunda e a esquibunda (e uma nota para o futuro: não levar aquele biquini no dia em que repetir a façanha);
  • As caipiroskas de morango;
  • O facto de acharem que eu e a minha amiga éramos um casal de namoradas... é certo que só vimos "pares mistos" no hotel, mas caramba, já não se pode fazer férias com uma amiga?;
  • "Avião no pátio" -> "Landed". Excelente tradução;
  • Os seguranças do aeroporto a implicarem com a minha mochila e a presumível arma que lá trazia: ah pois é, com uns ganchos de cabelo posso torturar alguém!;
  • O regresso a Lisboa e a ressaca que se seguiu...;
  • O facto do meu moreno ter sido, nos dias que se seguiram, várias vezes insultado;
  • A vontade que ficou de ir conhecer melhor um país que me atraiu, não pela cidade em si, nem pela noite, mas sim pelas paisagens que vi e pela tranquilidade que me transmitiu;

Pausas

Todos os dias me lembro que não tenho actualizado o blog... e já por várias vezes fui "criticada" por não o ter feito. Em vez de utilizar este post para enumerar as razões pelas quais não o tenho feito, vou continuar a saga, como se a última mensagem que escrevi tivesse sido publicada ontem.
Desta forma, segue-se a continuação do relato da última viagem que fiz, porque o Brasil não acabou na parte II...

Até já.

quinta-feira, novembro 18, 2010

Brasil - Parte II

  • Passeio de buggy pelo Litoral Sul;
  • Pipa, coisa mais linda;
  • Um brasileiro que fazia uns quadros impressionantes em menos de 10 minutos (e que me pediu para o trazer para Lisboa);
  • A baía dos golfinhos;
  • As piscinas de água doce;
  • O maior cajueiro do mundo (uma coisa estupidamente grande);
  • Sucos de abacaxi, laranja, goiaba, maracujá... foi muita vitamina cá para dentro!;
  • O casal de Porto Alegre que nos acompanhou mais uns dias, com nomes difíceis e esquecer: a Diesme e o Eson (?!);
  • A presença benfiquista em Pipa: restaurante decorado com bandeiras do SLB (pffff);
  • Atravessar o rio num pedaço de madeira;

Brasil - Parte I

  • Chegar ao aeroporto e começar o strip: 1 hora a secar à espera das malas, com um calor que adivinhava uma semana bem quente;
  • A cama do hotel era gigante (dava para lá enfiar uns quantos brasileiros e de certeza que ninguém se ìa sentir apertadinho);
  • Receber um cesto de frutas da concierge no quarto, depois de uma primeira conversa (e ficar a pensar "isto traz água no bico");
  • Constatar que faz sentido o café da manhã começar às 6h da matina, dado que o sol desaparece às 16h30...;
  • Ir de mansinho enfiar o dedo no mar, com medo da diferença de temperatura, e gritar "isto é quente, carago!", comprovando que a água estava mesmo a 25º;
  • "Não pise na grama", expressão que adorei (grama = relva);
  • Ouvir vezes sem fim " 'cês são portuguesas?" e ter uma vontade enorme de responder: "não, somos brasileiras com sotaque português";
  • Não me fartar do "ao seu dispôr, sinhora", acompanhado de sorrisos pepsodente e olhares melosos;






quinta-feira, novembro 04, 2010

O espirituoso

Na bilheteira da estação da CP...

Eu: Boa tarde, quero um bilhete para Sábado para o Porto, Alfa das 14h, a sair de Sta Apolónia.
Ele: Muito bem, bilhete para Sexta, para Coimbra, no Intercidades, a sair às 16h do Oriente.
Eu: Ãh?!
Ele: (sorriso)
Eu: Hum... em turística.
Ele: Ok, em 1ra classe.
Eu: (baixinho) Dassss
Ele: (sorriso maior) São €28,5.
Eu: Ah desculpe, esqueci-me... colocou-me junto à janela e no sentido da marcha?
Ele: Coloquei sim. Mas vou já mudar...
Eu: (baixinho novamente) Veja lá se lhe cai o dentinho com tanta piadinha...

segunda-feira, outubro 25, 2010

O que há de novo?

  • Parece que começo a ter uma espécie de vida social aqui por Lisboa.
  • O trabalho tem-me absorvido tempo e paciência.
  • O Astérix absorve o que sobra entre o tempo e a paciência e gosta muito das teclas do portátil, o que dificulta a actualização do blog (aliás, estou a escrever isto enquanto ele está aqui ao lado a ressonar e não acorda... shiuuuu);
  • Já tenho férias marcadas, finalmente! Para já, adianto somente que vão ser passadas do outro lado do Atlântico.
  • Não há sinal de amigalites.
  • Tirei um dente do siso, pela primeira vez na vida. Experiência a não repetir tão cedo, meus caros.
  • Estou mais leve, em vários sentidos.
  • Já começo a saber o nome das ruas de Lisboa sem ter de olhar para as placas.
  • Descobri que andei a usar dois detergentes diferentes na máquina de lavar roupa, pensando que um deles era amaciador. Isto explicou não só o facto da minha casa cheirar a detergente, mas também o porquê da roupa estar tão tesa. Só melhorou quando descobri que a minha mãe cometeu o mesmo erro. Será burrice genética?
  • Está comprovado e registada a patente: o meu gato gosta de água e de tomar banho comigo. É um momento muito sensual, amigos.
  • Há gente muito estranha nesta cidade.

sábado, outubro 09, 2010

Pilotei hoje um veleiro...

... pela primeira vez na minha vida. E ficou explicada a razão pela qual fico sempre com um ar sonhador quando os vejo percorrer o Tejo: a sensação é absolutamente arrasadora, de tão fantástico que é. Só ficou ainda melhor quando apareceu um golfinho curioso que nos acompanhou durante uns minutos do trajecto.

domingo, outubro 03, 2010

Está a começar a ficar com um ar de "gente grande"...



... pelo menos já consegue passar duas horas seguidas sem fazer asneiras ou destruir qualquer coisa...

É, está mais fresquinho...

Já fui buscar a mantinha para o sofá, já sabe bem ter o Astérix enroscado no meu colo,  já custa andar de chinelos cá em casa e hoje fiquei na cama a ouvir a chuva bater na janela.
Está visto, o Outono chegou...

sábado, outubro 02, 2010

Eat Love Pray

Não vou fazer nenhuma crítica ao filme, não é esse o objectivo deste post.

Vou antes dizer que o número de mulheres que assistiu a este filme, sozinhas, deixou-me a pensar...

domingo, setembro 26, 2010

Como transformar as suas tarefas domésticas em momentos de aventura e adrenalina?

Adopte um gato.

Passar a ferro, limpar o pó, mudar os lençóis da cama, passar a esfregona no chão e estender roupa: nunca mais será o mesmo.

Perguntam-me: estás a gostar de Lisboa?...

... e a minha resposta demora sempre muito a sair.
Pior que não gostar, é não saber se se gosta ou não. Da mesma forma que pior que não se conseguir fazer alguma coisa, é não saber se se quer ou não fazer a coisa.
Cada vez mais me convenço que gosto de momentos, mais do que de locais, objectos e, por vezes, até de pessoas. Tal como gosto mais de músicas, do que de musicos. Ou de frases, do que de livros. Ou de cheiros, do que de perfumes. Gosto mais de sonhos, do que de dormir.
Já parei para pensar, avaliar. Mas quanto mais longe vou nesta análise, mais confusa fico.
Gosto do sol, do Tejo, dos pastéis de Belém, do Bairro Alto, das gaivotas no Parque das Nações, dos preços das refeições, dos amigos que aqui estão, da energia que sinto aqui, do que estou a aprender no trabalho, do facto das amigdalites terem parado, da minha casa, da minha liberdade.
Mas então, porque sinto que o melhor de mim ficou em Bruxelas?

terça-feira, setembro 14, 2010

A 1ra visita ao veterinário

O Astérix portou-se como a dona: cagadinho de medo mas nem um "miau" soltou. Esperou que eu fechasse a porta do consultório para desatar aos berros dentro da malinha de transporte, como quem diz "O que me fizeste!? Que cena é essa de deixares que me enfiem um termómetro no traseiro?! E que sítio era aquele que cheirava tão mal, estava cheio de animais estranhos e tinha uma senhora que me espetou uma agulha no cachaço, enfiou uma pastilha pelas goelas e empurrou a cera dos meus ouvidos para dentro?! E as minhas unhas?! Onde estão?! E porque deixas que gozem com as minhas orelhas?! Até a médica diz que elas são grandes!".
Saí de lá orgulhosa do bicho (embora ele tenha passado a maior parte do tempo com as patinhas no meu peito e um olhar de pânico) e com um aviso feliz: vou ter um gato enorme e muito bonito.
Mas isso já eu sabia.

Sometimes...

... one hug is enough.

domingo, setembro 12, 2010

Astérix in the mood for...

Chatting
Sleeping
Posing
Demanding
Doing nothing
Flirting

sábado, setembro 11, 2010

Caminhos

A vida é feita de escolhas. Todos os dias, todos os momentos, durante toda a nossa existência, escolhemos. Não acredito na ausência do poder de escolha, acredito sim na ausência de opções, por vezes. E mesmo essas, as opções, não são mais que o encontro entre o que fizemos até hoje e o que ansiamos fazer no futuro. Ou seja, depois de tanta vida vivida e tantos sonhos sonhados, há-de existir um ponto em que, mesmo que achemos que só existe aquele caminho, conseguimos acreditar que há um desvio ali mais à frente, mesmo ao virar da esquina. Tal como numa estrada em que parece que só há um sentido e que por mais que avancemos continuamos a não encontrar um cruzamento, temos sempre a hipótese de sair do alcatrão e arriscar seguir pela terra batida. Obviamente, é mais perigoso, menos confortável. No entanto, fora do alcatrão, reparamos na quantidade de direcções que podemos tomar.

segunda-feira, setembro 06, 2010

Enquanto as palavras continuam escondidas...


Fim-de-semana no litoral alentejano.

terça-feira, agosto 31, 2010

Astérix

As palavras escritas vão acabar por voltar...

... mas, por enquanto, os pensamentos estão a levar a melhor.

terça-feira, agosto 17, 2010

Trabalhar com homens é um prazer...

... mas ter de aturar as bocas deles, devido à roupa que levo, às vezes cansa.
Quando levei o vestido verde, passaram o dia a chamar-me couve de Bruxelas. Hoje, que levei um azulado, fui promovida a aeromoça (sim, admito que o vestido tinha uns ares de farda da Brussels Airlines).
A verdade é que no dia em que me der para comentar o belo do sapatinho bicudo que eles usam ou a gravata que já tem borboto, quero ver como vai ser.

Genebra, agora em palavras

  • Ferraris amarelos e vermelhos. E Bentleys cinzentos;
  • Palácios à beira-rio, cujos donos têm os iates e veleiros atracados na marina mais próxima;
  • A pobreza e miséria, se a há, estava bem disfarçada;
  • Os Suíços, que não consegui decidir se são morenos ou loiros;
  • Muitas mulheres e homens elegantes, ricos e cheios de estilo;
  • Muitos Portugueses, com o seu bigode;
  • O terror dentro do avião, na aterragem e na descolagem, dado o facto do avião se ter de desviar das montanhas para aterrar no aeroporto de Genebra;
  • 50 francos suíços para almoçar;
  • Starbucks ao final da tarde, quando a chuva caía lá fora, a fazer lembrar o Inverno;

domingo, agosto 15, 2010