domingo, julho 25, 2010

Melhor que o relógio que comprei hoje...

... é mesmo a senhora com a qual me cruzo todas as manhãs, na rua que me leva de casa, à estação de Sta. Apolónia. A rua é íngreme, tão íngreme que o menor descuido pode significar a morte da artista. Felizmente, eu vou a descer... mas a senhora vem a subir.
Sempre que vou a resmungar com a calçada e a inclinação da rua, aquela senhora faz-me engolir o que vou a pensar. Já vai com uma idade avançada e equilibra-se com duas canadianas, mas não deixa de subir a rua, devagarinho, parando a cada dois metros para se encostar aos carros que lá estão estacionados. Ora acontece que, o local da rua onde me cruzo com a senhora, está associado à minha pontualidade de uma forma assustadora: se passo por ela nos primeiros degraus do passeio, é sinal que posso relaxar, pois estou adiantada; se me cruzo com ela no final da subida (e início da descida, na minha perspectiva), é sinal que vou perder o metro que deveria apanhar.
Há somente um facto que se mantém, independentemente da hora: o tema do breve diálogo que se estabelece entre as duas. Começa com o meu "Bom dia!" e termina com o "Bom dia! Hoje está mais fresquinho" ou "Bom dia! Hoje está muito calor" da senhora.

1 comentário:

Fuschia disse...

Também tenho umas quantas pessoas com que me cruzo de manhã e que já sei se levantei cedo ou não :P