Após uns dias de calor insuportável e uma atmosfera pesadíssima, sucedeu-se uma noite de tempestade como há muito não assistia. Ao vento forte e chuva a cair a pique, juntam-se os relâmpagos assustadoramente luminosos e os trovões sonoramente imponentes.
É de noites assim que precisamos, por vezes, na nossa vida... Porque muitas vezes, a tormenta que está prestes a rebentar dentro de nós, precisa somente de um ligeiro detonador. No meu caso, o detonatodor está, quase invariavelmente, na Natureza. Seja a densa lua cheia que me acalma; a tonalidade rosa-laranja do céu, em finais de tarde solarengos, que me liberta; a chuva fria e dura que me lava as ideias; o calor abrasador que me desperta; a tempestade que, como esta noite, me mostra horizontes antes desapercebidos. Tudo neste mundo é causa-consequência, opção-efeito, escolha-direcção. E ainda bem que assim é. O céu tem necessariamente de rebentar, tal como nós temos necessariamente de continuar. Faça chuva, ou faça sol.
2 comentários:
Olha lá... tu hoje estás encantadoramente pirosa! :-p
E tu és deliciosamente crítico :-)
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