Ora pois já dei um saltinho a Portugal e já estou de volta à terra do peixe a boiar em molho branco (esclarecendo, aqui o peixe come-se sempre assim... não há cá o nosso robalinho grelhado regadinho com azeite e salpicado com alho). O que vale é que me consolei, este fim-de-semana comi bacalhau, tripas e massa à lavrador!
Mas não foi para falar de comida que aqui vim (pelo menos não desta vez).
O que venho aqui contar é o grande exercício de paciência que foi a minha viagem de regresso a Bruxelas. O avião vinha completamente cheio e ao meu lado sentou-se um tuga, emigra como eu, mas um pouco diferente: um senhor de 45 anos que já trabalha aqui desde 1997, na construção civil. Mal o avião ligou os motores deu para perceber que o homem tinha pavor de se enfiar numa avionete; era vê-lo a ler um livrinho com orações (consegui reconhecer o Pai Nosso, a Avé Maria e o Credo) e só parou após 30 minutos de viagem. E parou porquê? Ora porque a hospedeira chegou com a marmita e ele pediu uma garrafinha de tintol. Passados 15 minutos era vê-lo a contar-me a vida toda... O homem falou-me do trabalho que fazia (não percebi metade, confesso que construção civil não é o meu forte), da família que está em Viseu, do dinheiro que mandava para Portugal todos os meses (nem me atrevo a dizer aqui quanto é que um trolha recebe a trabalhar aqui na Bélgica), como fazia para fugir aos impostos, da saudade que sentia das hortaliças, da posta de bacalhau com cebola cortada às rodelas, do café onde se pode comer uma dobrada aqui em Bruxelas (dispenso!), do irmão que também está cá, da mulher que quer um Mercedes, do Audi que vai comprar para o filho...Eu não tenho nada contra conversas com emigrantes de Viseu na Bélgica a trabalhar na construção civil, mas confesso que o hálito a tinto misturado com a chiclete de banana me estava a nausear!
Bem, isto foi dose a mais para um Domingo.
Mas não foi para falar de comida que aqui vim (pelo menos não desta vez).
O que venho aqui contar é o grande exercício de paciência que foi a minha viagem de regresso a Bruxelas. O avião vinha completamente cheio e ao meu lado sentou-se um tuga, emigra como eu, mas um pouco diferente: um senhor de 45 anos que já trabalha aqui desde 1997, na construção civil. Mal o avião ligou os motores deu para perceber que o homem tinha pavor de se enfiar numa avionete; era vê-lo a ler um livrinho com orações (consegui reconhecer o Pai Nosso, a Avé Maria e o Credo) e só parou após 30 minutos de viagem. E parou porquê? Ora porque a hospedeira chegou com a marmita e ele pediu uma garrafinha de tintol. Passados 15 minutos era vê-lo a contar-me a vida toda... O homem falou-me do trabalho que fazia (não percebi metade, confesso que construção civil não é o meu forte), da família que está em Viseu, do dinheiro que mandava para Portugal todos os meses (nem me atrevo a dizer aqui quanto é que um trolha recebe a trabalhar aqui na Bélgica), como fazia para fugir aos impostos, da saudade que sentia das hortaliças, da posta de bacalhau com cebola cortada às rodelas, do café onde se pode comer uma dobrada aqui em Bruxelas (dispenso!), do irmão que também está cá, da mulher que quer um Mercedes, do Audi que vai comprar para o filho...Eu não tenho nada contra conversas com emigrantes de Viseu na Bélgica a trabalhar na construção civil, mas confesso que o hálito a tinto misturado com a chiclete de banana me estava a nausear!
Bem, isto foi dose a mais para um Domingo.
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3 comentários:
Ai és tão fina!... :P
De vez em quando apetece-me ser snob :-)
"ai k m estava a nausear" fdx k voce é tao chique que ate doi!!
dixias-lhe a ele k t passasse o audi pa tu fazeres um test drive e mulher s ker um mercedes k ande de taxi e pronto!!
beijinhos B
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